domingo, 15 de maio de 2016

Loja Lua de Mel Lingeries, Sexy Shop e Acessórios


Momento Loja Lua de Mel






Este post fala sobre uma proprietária de uma Loja de Sexy Shop


Dona de Sex Shop fala sobre tabus e conta que cliente pediu "Boa Noite Cinderela" em sua loja





Fernanda Fahel

Muitos negam, mas sexo ainda é sim um grande tabu na sociedade. Mesmo cada vez menos escrupulosas, as pessoas ainda enfrentam a barreira inconsciente da culpa, enraizada na maioria das culturas após milhares de anos sob o domínio do poderoso desarme emocional que foram determinadas religiões. Ainda hoje, somos educados com base nos ideais dogmáticos disseminados no passado. Ideais repressores, principalmente da sexualidade como forma livre de prazer e expressão amorosa.


Um dos grandes tabus na sociedade é o Sex Shop, ou loja de acessórios sexuais. Por medo, vergonha, culpa ou ignorância, muitos ainda se recusam ou não se sentem a vontade para explorar o mundo dos “sex toys”.

Proprietária do Fetiche Sex Shop, em Salvador, Ilma Inomata Ferreira conta como foi abrir uma loja de brinquedos eróticos. A empresária fala, também, sobre seus clientes, produtos, pedidos estranhos na loja e sobre o mercado erótico em Salvador.
 

Pergunta: Conte um pouco sobre a historia da loja. Como surgiu a idéia de abrir um sex shop? Houve preconceito na família?
Resposta: Resolvemos abrir um Sex Shop porque à época existiam poucas lojas. Conseguimos enxergar uma boa lacuna no mercado de Salvador e queríamos explorar a atividade comercial com excelência. Com relação ao preconceito de na família, não houve, muito pelo contrário, o negócio é da família, de forma que grande parte dela está envolvida.
 
P: Sex shop ainda é um grande tabu na sociedade? Em sua opinião, o que mudou de uns tempos para cá?
R: Sim, ainda existe. Muito deste tabu vem da educação cristã que temos, onde não é permitido conhecer o corpo, de forma que as pessoas são criadas na mentalidade do pecado, que age como um chicote social. Estamos a caminho de superar essa fase de limitação, vemos que cada vez mais filmes tratam sobre o tema, músicas (não querendo entrar no mérito da qualidade musical), livros best-seller. A sociedade está finalmente entendendo que sexo não é algo a se envergonhar.
 
P: Qual o perfil dos clientes mais freqüentes? Como eles se comportam na hora de escolher e comprar um acessório?
R: A maioria dos clientes são casais em busca de novas experiências, de descobrir novos meios de se satisfazer sexualmente. O comportamento destes casais é normal, entram como se estivessem em outra loja qualquer, vêem a mercadoria à venda com naturalidade.
 
P: Quem são os clientes mais assanhados? Homens, mulheres, casais, solteiros, heteros, homossexuais, jovens, adultos ou idosos?
R: Jovens, definitivamente. Talvez pela descoberta, mas são sempre os jovens, sejam heterossexuais ou não.
 
P: E os mais retraídos, como fazem para vencer a vergonha? Você tem alguma técnica para deixá-los mais a vontade?
R: Ao chegar um cliente retraído nós procuramos conversar e mostrando os nossos produtos com a maior naturalidade possível, afinal, é apenas sexo. Além de expor nossa mercadoria, explicamos como cada item funciona, visto que nem todos são clientes assíduos de lojas desta natureza, e havendo qualquer dúvida, estamos sempre prontos para esclarecê-las.
 
P: Já recebeu algum cliente que era profissional do sexo? Como foi tê-lo em sua loja?
R: Sim, garotos de programa procurando por fantasias, no caso “uniforme de trabalho” (risos). Não vi problema em tê-lo na minha loja, profissão não define caráter.
 
P: Qual foi a situação mais constrangedora que você já presenciou na loja?
R: Um rapaz que perguntou se eu vendia “boa noite cinderela”, a droga que é utilizada para colocar nas bebidas e entorpecer as pessoas. Afirmei que não vendíamos drogas e ele se retirou.
 
P: Quais os acessórios mais procurados? E quais os mais peculiares? Você recomendaria algum?
R: Sempre pedem por próteses, de todos os tamanhos, formas e texturas, cosméticos, fantasias e produtos de sadomasoquismo. Estes são os carros-chefe da atividade.
 
P: Fale um pouco sobre o mercado de acessórios sexuais em Salvador. Como é hoje e quais suas perspectivas para o futuro.
R: O mercado de Salvador
 está bem servido de acessórios sexuais, de forma que as pessoas estão olhando nossa atividade com mais naturalidade, requisitando cada vez mais tipos e variedade de produtos. O futuro reserva aos nossos produtos maior alcance na sociedade, este ainda é restrito, afinal, todos fazemos sexo, mas quantas pessoas você conhece que já visitaram um Sex Shop?

Nenhum comentário:

Postagens