segunda-feira, 11 de abril de 2022

Estilista Flávia Aranha o encontro ancestral com a tecnologia

 Estilista paulista alia os saberes dos artesãos com as inovações que permitem economizar recursos naturais na produção de roupas e acessórios

Matéria Blogueira Ká Rodrigues Alves (Ericka Vanessa)


Estilista paulista alia os saberes dos artesãos com as inovações que permitem economizar recursos naturais na produção de roupas e acessórios
Meu post irá apresentar a vocês algo muito muito diferente, talvez nunca visto, imagine pisar numa loja onde o Chão é de Areia. Consegui imaginar? Isso é sério e verdadeiro....vou te contar.....
Flávia Aranha é uma estilista, vamos saber mais....natural de Campinas (SP), “Aos 12 anos, entrei num curso de corte e costura”, diz ela, que aos 17, após uma temporada na prestigiada Central St. Martins, em Londres, se mudou para a capital paulista para estudar moda.
Depois de formada, o emprego em uma companhia de renome trouxe as atribuições de praxe: pressão por redução de custos, aumento de vendas, gestão de pessoas.
Em 2007, Flavia viajou à China com a missão de redesenhar a cadeia produtiva da grife e entender melhor como a indústria da moda convencional funcionava. “Aquilo mexeu comigo”, conta ela, que sentiu como se estivesse vendo o documentário The True Cost, sobre o verdadeiro custo de uma camiseta vendida a 5 dólares e o impacto do consumo exagerado na vida das pessoas e no planeta. “Entendi que estava totalmente desconectada de quem eu era, da minha essência, dos meus valores.”
Ter uma marca própria não estava nos seus planos, mas uma viagem de trabalho à Índia mudou tudo. Lá ela conheceu de perto o tingimento natural, e voltou convencida de que precisava colocar a técnica em prática, criando roupas que passou a chamar de vivas.
Dois anos depois, a estilista abriu a própria marca, na Vila Madalena, zona oeste de São Paulo, outra loja no Jardins (SP), e Paraty (RJ).
Já fazia um tempo que Paraty estava nos planos da estilista Flavia Aranha.
Em uma visita à cidade para o Paraty Eco Festival ela descobriu um ponto em frente a Casa Literária. Daí veio a pandemia e esse plano ficou pausado até esse ano quando voltou à cidade para passar uns dias no Saco do Mamanguá. “Após um mergulho, quando olhei para aquele horizonte lindo, eu realizei que era hora dessa loja acontecer.”
O que sustenta essa abertura é o plano de expansão da marca que passa pela abertura de novas lojas físicas (a marca tem outras duas lojas em São Paulo), que Flávia chama de ‘a casa dessas roupas’ onde é possível trazer a experiência dos processos sustentáveis da marca e do próprio produto.
E porque Paraty? “Paraty é uma cidade turística com visitantes do mundo todo e que valorizam bastante nosso trabalho, nossa identidade, ainda é praia que tem muito a ver com nossa roupa, muitas delas são feitas em linho, são leves. Lá tem a Flip, eventos de música e queremos nos conectar com esses movimentos” afirma Flávia.
“Além disso, lá tem uma cena muito forte do artesanato quilombola, ribeirinha e indígena e quero lançar em março uma coleção em parceria com esses artesãos. Queremos criar um diálogo com a cena e comunidade local.”
A loja recém aberta foi feita em apenas 15 dias e está sendo muito bem recebida. O prédio, que data do período colonial, tinha alguns problemas como o piso de cerâmica não original. Daí veio a ideia, inspirada na casa de um amigo em Portugal, do chão de areia para cobrir um piso: “isso trouxe uma senhorilidade incrível para os clientes, essa coisa de tirar o chinelo, sentir a areia” diz a estilista.
Dentro do plano de expansão da marca, a próxima loja deve abrir no Jardim Botânico no Rio de Janeiro em 2022, que assim como Paraty não é uma escolha tão óbvia quando pensamos no Rio. “Assim como uma loja em Trancoso poderia funcionar, mas o interesse do público que consome nossa roupa transita também por outros lugares.” finaliza Flávia.
Flávia Aranha Paraty: Rua do Comércio, 10 – Centro Histórico














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