domingo, 2 de agosto de 2015

Egito Antigo invade a passarela da Lolitta
Texturas e tramas dos tricôs no segundo dia de SPFW
Para o inverno 2015, Lolita Zurita Hannud apostou em peças com corte reta e muita simetria. "A inspiração veio quando estava em Nova York. "Fui visitar o museu Metropolitan (Metropolitan Museum of Art), e fiquei com a imagem das obras egípcias na minha cabeça. Essa coleção tem um trabalho incrível e minucioso, buscamos novas maneira de usar o tricô. Estou muito feliz com o resultado", disse a jovem estilista.
A Lolitta manteve o seu DNA com tricôs femininos que valorizam a mulher contemporânea, inovando com a alfaiataria incluída nessa edição. Os desenhos geométricos nas tramas se destacam com vazados e transparências. As composições de fios encapados e com brilho criam novas texturas e ganham evidência.
Aplicações de bordados e metal banhados a ouro trazem sofisticação aos vestidos, saias e casacos. As cores são frias para acompanhar a estação: vinho, laranja, preto, branco e caramelo. Nos pés, a releitura dos sapatos usados no Egito Antigo, com salto chapado e grosso feitos com couro e tressê manual.














A moda no Egito
Considerada terra dos deuses, o Egipto foi uma das maiores civilizações que já existiu, devido ao grande conhecimento que possuíam, tendo sido aqui que se assistiu ao inicio da medicina, matemática e astrologia.
As construções das pirâmides são uma incógnita até hoje devido ao seu grande tamanho numa época tão remota, assim como o rio Nilo que é considerada uma das melhores obras da natureza, mesmo nos tempos que correm, sendo considerado símbolo de fertilidade e poder.
Falando agora mais directamente do tema que iremos abordar, a moda, podemos dizer que no Egipto, os tecidos e a forma como eram elaboradas as roupas modificavam-se de acordo com a hierarquia social (como demonstramos na figura 1), bem como os acessórios, sendo estes últimos usados exclusivamente pelas classes mais altas. A vestimenta básica era o Chanti, usado por homens e mulheres. Era uma espécie de saia onde só os homens podiam mostrar as pernas, com o resto do corpo nu. As mulheres, como não podiam mostrar o seu corpo, usavam o chanti longo e justo com um tipo de cera. No que diz respeito a penteados, devido ao forte calor da região e ao facto do piolho ser uma praga local, homens e mulheres usavam o cabelo rapado e substituíam-no por perucas, removendo, também, os pelos corporais como medida higiénica. Classes mais baixasVestiam-se de modo simples, com pouca roupa. Estes, andavam descalços ou com sandálias de fibra de papiro. Classes altasMais concretamente o faraó e da sua corte, usavam uma túnica larga de linho muito fino e transparente, denominado por Kalasyris, ornamentado com ouro e pedras preciosas especialmente turquesas e lápis - azul. Quanto aos restantes constituintes masculinos das classes altas, utilizavam uma roupa complementar de nome Neket, que se assemelha a um cinto de forma triangular feito de linho e com pedras preciosas a adornar. Também se usava como complemento o Hosch que era uma espécie de pequena capa que se usava sobre os ombros e o peito. No que diz respeito às mulheres, tinham como traje principal a Loriga, que tinha uma forma tubular muito justa ao corpo e confeccionada com tecidos semelhantes à malha. Como complemento usava-se a Túnica de Ísis, sendo esta uma espécie de manto em forma rectangular. Os nobres usavam muitos acessórios, principalmente jóias, colares e braceletes, que tinham como principal função expressar a devoção religiosa e denotar a diferenciação social. Para além destes “enfeites”, as mulheres eram adeptas da maquilhagem, onde o olho era marcado com preto e sombra verde. No geral, todos os elementos do topo da hierarquia egípcia, usavam perucas de vários cortes e ornamentos muito inspirados na religião. Escravos Usavam apenas branco.

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